ACUMULADORES..
Todo
mundo já ouviu falar nas histórias de pessoas que vão acumulando objetos,
animais e até lixo dentro de casa, mas será que você saberia identificar algum
amigo ou parente com a doença? Pois é! Os acumuladores compulsivos acabam se
afastando e se isolando por causa do problema, o que torna mais difícil ainda
conseguir ajuda. A maioria dos pacientes tem medo de revelar o drama pessoal,
mas a verdade é que muitos nem têm consciência da real dimensão do problema.
O que é a
acumulação compulsiva?
“Ela se caracteriza por um armazenamento excessivo de
coisas, e o acumulador compulsivo se sente incapaz de se desfazer dessas coisas,
o que resulta em uma ocupação muito grande dos espaços da sua casa. Eles deixam
de ser espaços de convivência para se tornar espaços de depósito de coisas e
isso aumenta o risco de incêndios, de contaminação, de infestação por insetos,
de doenças e de quedas até do próprio acumulador”.
“Ela se caracteriza por um armazenamento excessivo de coisas, e o acumulador compulsivo se sente incapaz de se desfazer dessas coisas, o que resulta em uma ocupação muito grande dos espaços da sua casa. Eles deixam de ser espaços de convivência para se tornar espaços de depósito de coisas e isso aumenta o risco de incêndios, de contaminação, de infestação por insetos, de doenças e de quedas até do próprio acumulador”.
Como
identificar um acumulador compulsivo?
“O acumulador compulsivo tende a se isolar. Tanto os
familiares não conseguem conviver com aquele ambiente como o próprio acumulador
tem vergonha da sua condição. Pode acontecer por causa de um acúmulo de
dívidas, de um acidente dentro de casa, um incêndio, uma queda, pode ser em
função de um sofrimento, de uma depressão, de uma ansiedade muito grande”.
“O acumulador compulsivo tende a se isolar. Tanto os familiares não conseguem conviver com aquele ambiente como o próprio acumulador tem vergonha da sua condição. Pode acontecer por causa de um acúmulo de dívidas, de um acidente dentro de casa, um incêndio, uma queda, pode ser em função de um sofrimento, de uma depressão, de uma ansiedade muito grande”.
Qual a
diferença entre acumulador e colecionador?
“Colecionar é, a princípio, um hobby, não é patológico. O
indivíduo adquire objetos que tenham entre si alguns aspectos em comum. Se
esses objetos já passam a ser excessivos ocupando um espaço muito grande e ele
sofre ao se desfazer dessas coisas, ele pode vir a se tornar um acumulador
compulsivo. Um comprador compulsivo pode também se tornar um acumulador, mas, a
princípio, o foco é a aquisição do objeto. São sintomas muito próximos”.
Qual é o
tratamento?
“O acumulador compulsivo deve procurar a ajuda de um
psiquiatra. Se ele não tiver um plano de saúde e não tiver recursos para pagar
a consulta, deve procurar um ambulatório na sua cidade ou centros de
atendimento psiquiátricos gratuitos que oferecem esse atendimento”.
Uma
sala cheia de livros, por exemplo, não exemplifica a doença. O hábito vira
patológico quando juntar vira uma obsessão e interfere na rotina e nas relações
sociais e familiares.
Um
colecionador, ao contrário do acumulador, tem orgulho de mostrar sua coleção.
Quem tem o transtorno costuma esconder o problema.
Como
tratar
Para o
acumulador compulsivo, não existe nenhum erro ou problema com o seu
comportamento. No entanto, esse sintoma faz parte da doença. A acumulação
compulsiva é um transtorno mental que foi reconhecido recentemente e as
pesquisas sobre os melhores tratamentos está apenas no início. No entanto,
alguns métodos têm tido êxito, como a terapia cognitivo-comportamental,
associada a uma medicação adequada.
A terapia
cognitivo-comportamental
A terapia
cognitivo-comportamental concentra-se em localizar as causas da acumulação
compulsiva, descobrindo as raízes da ansiedade. Assim, é possível mudar aos
poucos a mentalidade da pessoa afetada. Esta terapia pode ser muito demorada
(durar meses ou até anos) e exige grande dedicação ao processo de recuperação,
mas permite que um acumulador compulsivo readquira hábitos de vida normais.
A
medicação
A terapia
é muitas vezes combinada com a medicação, o que ajuda a maximizar os
resultados. Atualmente, os produtos farmacêuticos utilizados no tratamento da
acumulação compulsiva são semelhantes aos que são administrados em pacientes
que sofrem de transtornos obsessivos compulsivos, isto é, os inibidores
seletivos da recaptação de serotonina, além de outros antidepressivos.
Alguns
sinais
::
Recolher bens e objetos que a maioria das pessoas joga fora.
:: Viver
em condições insalubres e sem organização e não permitir que alguém arrume ou
limpe sem sua supervisão.
:: Ser
incapaz de usar as divisões da casa para a real finalidade (cozinha para
cozinhar, banheiro para tomar banho, quarto para dormir).
:: Ter
muitos animais de estimação e não estar a cuidar deles da melhor maneira —
transtorno chamado de animal hoarding.
::
Acumular sucatas ou lixo (como embalagens) e amontoá-los em pilhas.
:: Negar
que seja um exagero o vício de acumular, ter vergonha do hábito, mas mesmo
assim não conseguir controlar o impulso.
Todo ser
humano esta sujeito a doenças psicossomáticas que podem se apresentar
rapidamente ou podem levar anos para se manifestar.
A
acumulação é uma doença psicológica que torna a pessoa dependente das coisas, a
tal ponto de não se livrar de nada.
Este tipo
de doença torna a vida dos acometidos em um verdadeiro inferno e afeta
diretamente as relações com as pessoas ao seu redor.
A
acumulação faz com que seus agentes passem a comprar tudo que não precisam e
transformem suas casas em verdadeiros depósitos, que impedem o bom uso do
imóvel, bem como a manutenção higiênica do local.
Por trás
desta doença podemos detectar a ansiedade, o medo, o arrependimento, a
frustração entre vários motivos. A doença funciona como uma mórbida auto
compensação de algo que aflige o doente.
Vivemos
em uma sociedade com um grande apelo ao consumismo, mas além do exagero na hora
das compras existem pessoas com sérios problemas psicológicos e comportamentais
ou sociais que se escondem na acumulação, construindo a falsa idéia de que
acumulando coisas haverá a auto compensação ou uma sensação falsa de segurança.
O que piora a situação tanto do doente quanto dos que o cercam.
Há uma
linha tênue que diferencia um colecionador de um acumulador compulsivo. E em
alguns casos, colecionadores são acumuladores compulsivos.
A
acumulação piora com o tempo. Para controlar ou curar a doença é preciso um
longo caminho que leve a raíz do problema, onde o doente precisa enfrentar seus
medos e frustrações. E isto esta ligado intimamente com a auto estima do
acumulador.
Esta
doença é de extrema crueldade, pois afasta amigos, afasta familiares e causa ao
doente uma sensação de interminável vergonha pelo caos que se instala em sua casa,
em sua vida. Dificultando a interação social.
É preciso
quebrar o ciclo vicioso de acumular coisas desnecessárias.
Para
vencer esta doença é preciso aceitar e reconhecer o problema e desejar a
mudança e agir para mudar.
Mas nada
disto é possível sem o apoio familiar. A ação positiva da familia junto ao
acumulador é a chave para estimulá-lo e encorajá-lo a mudar, e muitas vezes é
uma ferramente poderosa que eleva a auto estima do acometido pela acumulação,
levando a prosseguir na busca da cura de seu problema.
“Colecionar é, a princípio, um hobby, não é patológico. O indivíduo adquire objetos que tenham entre si alguns aspectos em comum. Se esses objetos já passam a ser excessivos ocupando um espaço muito grande e ele sofre ao se desfazer dessas coisas, ele pode vir a se tornar um acumulador compulsivo. Um comprador compulsivo pode também se tornar um acumulador, mas, a princípio, o foco é a aquisição do objeto. São sintomas muito próximos”.
“O acumulador compulsivo deve procurar a ajuda de um psiquiatra. Se ele não tiver um plano de saúde e não tiver recursos para pagar a consulta, deve procurar um ambulatório na sua cidade ou centros de atendimento psiquiátricos gratuitos que oferecem esse atendimento”.
Pessoas
que acumulam itens aparentemente inúteis podem colocar a culpa em uma área de
seus cérebros.
Uma
equipe de pesquisadores da Universidade de Iowa localizou uma região no lóbulo
frontal que parece controlar esse comportamento.
Segundo
os cientistas, o hábito de guardar coisas que não usamos está ligado à Desordem
Obsessiva-Compulsiva (DOC), mas ainda não se sabe o que o desencadeia ou se é
uma condição única.
O estudo,
publicado no jornal especializado Brain, salienta que há cada vez mais
evidências de que tal comportamento tem seu próprio mecanismo.
Correspondência
DOC é uma
desordem de ansiedade em que a pessoa é coagida por medos irracionais ou determinados
pensamentos a repetir ações.
Pode
manifestar-se em hábitos como lavar as mãos excessivamente, estar sempre
limpando a casa ou checar alguma coisa constantemente.
Mas
algumas pessoas têm uma compulsão por guardar coisas – um hábito que vai além do
comportamento de um colecionador.
Pesquisadores
da Universidade da Califórnia já mostraram que as pessoas com DOC que também
acumulam coisas inúteis têm uma atividade cerebral diferente dos demais
pacientes com DOC.
Para
entender melhor a causa desse comportamento, Steven Anderson e sua equipe
analisaram 13 pessoas que desenvolveram tal compulsão após terem sofrido um
dano cerebral.
Eles
definiram o hábito como anormal caso ele fosse extensivo, as coisas guardadas
não fossem úteis ou bonitas e se a pessoa não estava disposta a se desfazer de
sua coleção.
Alguns
dos pacientes, por exemplo, encheram suas casas com correspondência inútil ou
ferramentas quebradas.
Os
pesquisadores escanearam os cérebros dos pacientes e compararam com outros 73
pacientes que sofreram danos mas que não apresentavam hábitos anormais.
Terapia
"Danos
na parte do lóbulo frontal do córtex, particularmente no lado direito, foram
encontrados nos indivíduos com comportamento anormal", contou o
pesquisador.
"Pacientes
com DOC e outras desordens, como esquizofrenia, Síndrome Tourette e certas
demências, podem ter comportamento patológicos similares, mas não sabemos onde
o problema está ocorrendo dentro do cérebro."
Naomi
Fineberg, especialista em DOC do Hospital Queen Elizabeth, na Grã-Bretanha,
disse: "Esses estudos, que ainda são iniciais, estão começando a confirmar
que acumular coisas inúteis pode ser diferente da DOC".
"Quanto
mais entendermos sobre a neurobiologia desse comportamento, mais poderemos
pensar em como tratá-lo", comentou a cientista.
Mas Paul
Salkovskis, do Instituto de Psiquiatria, do King’s College, em Londres,
discorda: "Identificar qual a área do cérebro é afetada não ajuda você no
tratamento de forma alguma".
"Não
há evidências de que qualquer diferença biológica entre esses pacientes. A
resposta é terapia comportamental cognitiva."
BBC
O acumular de bens, animais ou de objetos, que
por vezes são até provenientes da rua ou do lixo, para uma eventual utilização
futura pode parecer uma situação estranha, mas é o sintoma de uma perturbação
que afeta inúmeras pessoas e muitos idosos que vivem sozinhos, isolados e em situações precárias. Saiba quais são os
sinais de acumulação compulsiva e como poderá obter ajuda para os tratar
Nenhum comentário:
Postar um comentário